segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sentada na frente do Word, escrevo...


Ando meio carente...e quem não tá?

Tenho fingido não sentir o que sinto, sentindo o que finjo...e quem não finge?

Desejo da vida muito mais do que o que ela pode me dar...quem nunca?
Todo dia, criando expectativas das horas...e se assim não for, como fazê-las acontecer?

Talvez eu tenha desenvolvido desejos que não cabem só a mim satisfazer...acho até que faço minha parte. Mas quem nunca esperou e se frustrou? Não fosse o enorme tropeço que é esbarrar no limite do outro, saberia eu por onde andar?

Sei que bom mesmo é não sabê-lo. Sei que a gente só caminha porque não sabe onde vai dar...mas sei que nem sempre vai dar pra se atirar no escuro, porque os sustos podem ser fatais.

Por isso, a gente insiste em tropeçar.

Eu sou as coisas. Melhor seria está-las. Mas sou e isso não sei fingir. Contraditória. E quem não é?

Eu sou o que me atravessa. Calmaria ou angústia. Medo ou esperança. E sou muito. Mas queria mesmo era estar. E quem não gostaria?

Tem aquela pessoa que eu gostaria de envolver em um abraço longo, quase infinito. Tem aquela que eu queria ter do meu lado sempre. Tem aquela que me faz querer correr o mundo todo. Tem aquela que concentra uma parte grande da minha admiração e da minha vontade de ser como ela quando crescer. Tem aquela que atrai os meus instintos mais sacanas. Tem aquela que eu imortalizaria em uma escultura. Tenho desejo pra cada pessoa e pessoa pra cada desejo. Quem não tem?

No fim, sou tão normal. Meramente mortal. Partilho do que todo mundo faz, do que todo mundo sente e quer. Não sou melhor nem pior que ninguém.

Minhas necessidades não são maiores do que as de outra pessoa. Falta o que pra dividi-las já que sozinha não quero/posso estar? Como ninguém pode, como ninguém quer.