Não há como negar.
É diferente.
Olhar que encontra desencontradamente.
Cabeça baixa para não acompanhar
a reação do corpo alheio.
Pensamento voando...
O desejo queimando onde ninguém
mais pode ver.
E a timidez...
É outra coisa.
Atingiu outra pulsão.
Acessou as vias proibidas.
Encantou.
É isso. É o encanto.
Ainda há.
Em algum canto desprotegido,
inflamável.
Tão fácil distribuir sorrisos ao
inconsistente...
Fugaz.
É livre o fugaz.
É desejável o fugaz.
É escorregadio o fugaz.
Escapa do olho vadio, iludido
que crê tudo ver, tudo alcançar
e coibir.
Invade as cercas, quebra a ordem
da liberdade que prende.
Desobediência civil no coração.
Não é mais servil o coração.
Há uma castradora vontade de cativar-se
(Cativar-se: tornar-se cativo).
Cativar-se da vontade de estar.
Da arrebatadora e castradora vontade de estar.
Os sorrisos perdem a gratuidade.
Há o desvio do olhar.
Que tudo quer ver, mas não
consegue encontrar.
É a timidez.
Não há como negar.
É outra coisa.
ou nas palavras de um forró dazantiga, bem mais simples:
Um comentário:
A volta de decoro no Brasil:
UM MOMENTO, APENAS UM!, SUI GENERIS. EIS:
Em 2016 houve fato fabuloso sim, apesar de Vanessa Grazziotin falar que não, dessa forma assim:
"O ano de 2016 é, sem dúvida, daqueles que dificilmente será esquecido. Ficará marcado na história pelos acontecimentos negativos ocorridos no Brasil e no mundo. Esse é o sentimento das pessoas", diz Grazziotin.
Mas, por outro lado, nem que seja apenas 1 fato positivo houve sim! É claro! Mesmo que seja, somente e só, um ato notável, de êxito. Extraordinário. Onde a sociedade se mostrou. Divino. Que ficará na história para sempre, para o início de um horizonte progressista do Brasil, na vida cultural, na artística, na esfera política, e na econômica.
Que jamais será esquecido tal nascer dos anos a partir de 2016, apontando para frente. Ano em orientação à alta-cultura. Acontecimento esse verdadeiramente um marco histórico prodigioso. Tal ação acorrida em 2016 ocasionou o triunfo sobre a incompetência. Incrementando sim o Brasil em direção a modernidade, a reformas e mudanças positivas e progressistas. Enfim: admirável.
Qual foi, afinal, essa ação sui-generis?
Tal fato luminoso foi o:
-- «Tchau querida!» [impeachment de Dilma].
Eis aí um momento progressista, no ano de 2016. Sem PeTê.
Feliz 2017.
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