sexta-feira, 21 de junho de 2013

da prisão (ou o avesso do avesso).

Não há como negar.
É diferente.
Olhar que encontra desencontradamente.
Cabeça baixa para não acompanhar a reação do corpo alheio.
Pensamento voando...
O desejo queimando onde ninguém mais pode ver.
E a timidez...

É outra coisa.
Atingiu outra pulsão.
Acessou as vias proibidas.
Encantou.
É isso. É o encanto.
Ainda há.
Em algum canto desprotegido,
inflamável.

Tão fácil distribuir sorrisos ao inconsistente...
Fugaz.
É livre o fugaz.
É desejável o fugaz.
É escorregadio o fugaz.
Escapa do olho vadio, iludido
que crê tudo ver, tudo alcançar e coibir.
Invade as cercas, quebra a ordem
da liberdade que prende.
Desobediência civil no coração.
Não é mais servil o coração.

Há uma castradora vontade de cativar-se
(Cativar-se: tornar-se cativo).
Cativar-se da vontade de estar.
Da arrebatadora e castradora vontade de estar.
Os sorrisos perdem a gratuidade.
Há o desvio do olhar.
Que tudo quer ver, mas não consegue encontrar.
É a timidez.

Não há como negar.
É outra coisa.


ou nas palavras de um forró dazantiga, bem mais simples:

Um comentário:

João Luiz Pereira Tavares disse...


A volta de decoro no Brasil:

UM MOMENTO, APENAS UM!, SUI GENERIS. EIS:

Em 2016 houve fato fabuloso sim, apesar de Vanessa Grazziotin falar que não, dessa forma assim:

"O ano de 2016 é, sem dúvida, daqueles que dificilmente será esquecido. Ficará marcado na história pelos acontecimentos negativos ocorridos no Brasil e no mundo. Esse é o sentimento das pessoas", diz Grazziotin.

Mas, por outro lado, nem que seja apenas 1 fato positivo houve sim! É claro! Mesmo que seja, somente e só, um ato notável, de êxito. Extraordinário. Onde a sociedade se mostrou. Divino. Que ficará na história para sempre, para o início de um horizonte progressista do Brasil, na vida cultural, na artística, na esfera política, e na econômica. 
Que jamais será esquecido tal nascer dos anos a partir de  2016, apontando para frente. Ano em orientação à alta-cultura. Acontecimento esse verdadeiramente um marco histórico prodigioso. Tal ação acorrida em 2016 ocasionou o triunfo sobre a incompetência. Incrementando sim o Brasil em direção a modernidade, a reformas e mudanças positivas e progressistas. Enfim: admirável. 

Qual foi, afinal, essa ação sui-generis?

Tal fato luminoso foi o:

-- «Tchau querida!» [impeachment de Dilma].

Eis aí um momento progressista, no ano de 2016. Sem PeTê.

Feliz 2017.